Reflexões Pessoais - Winston e Clementine Churchill
Winston e Clementine Churchill nas ruas de Londres
Impressionado com a simpatia e caridade da sua esposa, Winston não resistiu a questionar Clementine sobre qual a razão de tão prolongada conversa com o varredor de rua.
A resposta da mesma deixou-o estupefacto. Tratava-se de um antigo namorado de infância, do qual ela tinha estado loucamente apaixonada.
Sem disfarçar uma ponta de ciúme, Winston retorquiu ironicamente - Vês querida, imagina que tinhas casado com ele? Hoje serias a mulher de um varredor de rua.
Sem se atrapalhar, com o seu génio habitual, Clementine retorquiu - Achas querido? Se eu tivesse casado com ele, provavelmente, ele hoje seria o 1.º Ministro do Reino Unido.
Trata-se de uma alegoria mas que tem muita substância associada. O marido é a imagem do que a mulher dele fizer. Mesmo Winston Churchill, um dos homens mais brilhantes do mundo, tinha perfeita consciência disso.
A cultura popular retrata esta imagem com o ditado - "Por detrás de um grande homem está uma grande mulher". Não concordamos com esta visão. É redutora face à realidade. O poder não está na mulher, mas sim na sua postura de vida. Mulheres comuns fazem grandes homens.
Winston Churchill tinha, assumidamente, muitos defeitos. Nunca ouvimos Clementine queixar-se dos mesmos. Conseguiu transformar a má figura física de Churchill, a sua apneia e o horrível vício de fumar continuamente charutos em qualidades.
Ela própria sabia que, não era também, um exemplo de virtudes. Nunca se lamuriou. Nunca se queixou. Nunca entrou na intriga gratuita. Sempre valorizou o seu marido. E ele foi, só, o melhor político dos tempos modernos.
Adaptado - Fernando Cruz Gonçalves
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